Em boa hora, a Associação Cultural A Vida decidiu realizar uma exposiçâo bibliográfica sobre Edgar Rodrigues. De facto, para a Associação Cultural A Vida,  entre as suas inciativas na qual se destaca a edição da revista Utopia, é imperativo realizar o recohecimento público de um homem  que fez da sua vida um marco na luta pela emancipação social. Para este efeito, para além dos depoimentos de diversos escritores, historiadores e companheiros que se debruçaram sobre a obra de Edgar Rodrigues, este catálogo é composto por uma entrevista, um breve biografia do autor e alguns documentos da dua bibliografia.


Algumas opiniões sobre a obra de Edgar Rodrigues

«A obra me interessou muito, como documentário de uma fase da vida brasileira em que os princípios de idéias do anarquismo se manifestaram com bastante entusiasmo, empolgando certo número de intelectuais e parte do proletariado brasileiro. Eu mesmo, na adolescência, apesar de minhas origens burguesas e de não dispor de fontes precisas de informação e estudo, sentia grande interesse pelas lutas sociais e pela pregação dos anarquistas [...]»
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Carlos Drummond de Andrade, poeta brasileiro

«O seu livro constitui, pois, uma notável contribuição para a história  da evolução das idéias humanas ao longo dos tempos e dos esforços feitos pelos deserdados, tantos reagindo com o sacrifício das suas vidas em prol de um mundo de justiça e fraternidade entre os homens [...] Quem no futuro quiser realizar um estudo judicativo sobre a grande influência que tiveram no Brasil as idéias de emancipação humana e de justiça social que o século XX nos legou terá de consultar seus livros [...]»

Ferreira de Castro, escritor português

«A principal virtude deste livro de Edgar Rodrigues é dar-nos notícia do período de formação do movimento sindical e político do operariado brasileiro na sua fase anarco-sindicalista [...]»

Vital Moreira, jurista português

«Oxalá pudesse haver em cada país um trabalhador como você, para retirar do cerne, o tesouro de informações, idéias, lutas e sacrifícios que passa tão rapidamente no esquecimento. Somos ricos, mas é preciso que fazer com que essa riqueza se torne alimento intelectual das novas gerações [...]»

Diego Abad Santillán, militante e historiador libertário espanhol-argentino

«Este segundo volume de tuas investigações sociais no Brasil se impõem por sua riqueza documental, pela clareza da exposição, pela variedade dos temas controversos, pela extensa bibliografia e, sobretudo, por essa firmeza em dizer a verdade e fazer despertar os interesses pelas lutas de uma geração de trabalhadores ilustrados e, de intelectuais tão lúcidos como valentes, no primeiro quarto de século [...]»

Elgen Relgis, escritor romeno-uruguaio

«Felicito-te pela soma de trabalhos acumulados, riqueza de
fontes de informação, cheia de aspectos que ajudarão muito na minha tarefa de escrever o dicionário bibliográfico pretendido [...]»
Renée Lamberet, historiadora libertária francesa

«O conhecimento perfeito, a documentação valiosa e o critério seguido, fazem desse volumes a verdadeira história do movimento social no Brasil. Não conheço obra mais fundamental [...]»

Hélio Silva, historiador brasileiro

«Você está realizando no Brasil uma obra cultural, no terreno histórico, de primeira ordem. Max Nettlau teria ficado sumamente entusiasmado com o seu documentado trabalho libertário»

Vladimir Muñoz, escritor libertário espanhol

«Edgar Rodrigues produziu uma detalhada crônica do movimento brasileiro e de suas primeiras origens até 1922, quando iniciou o seu declínio. Obra extraordinária de erudição combina uma narração exata com vasta documentação, incluindo seleção de periódicos, folhetos, manifestos, resoluções cânticos e poemas, bem assim como muitas interessantes fotografias [...]»

Paul Avrich, historiador norte-americano

«O mais importante nos trabalhos de Edgar Rodrigues não é sua imponente capacidade de recompilar dados, senão sobretudo conduzi-los hermeneuticamente aos seu ponto mais característico: o humanismo. Porém Edgar Rodrigues sabe despojar a palavra humanismo de suas conotações negativas e recuperar o que nela há de positivo: não é possível humanismo senão em meio de solidariedade [...]»
Carlos Díaz, pensador libertário espanhol






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